terça-feira, 30 de setembro de 2008

Loteria Esportiva e Racionalidade



Existe uma racionalidade na decisão de uma pessoa resolve jogar na loteria esportiva? Analisando a questão das probabilidades, não. Entretanto, muitas pessoas arriscam seus recursos e consideram um bilhete como uma necessidade semanal.

Numa entrevista para Scientific American via Economist View), George Lowenstein (What Does Neuroeconomics Say about Lotteries and Credit Cards?) analisa a racionalidade desta decisão sob a ótica a neuroeconomia.

Uma das questões apresentadas informa que pessoas pobres compram mais bilhetes de loteria. A loteria seria um “equalizador social”, o que faz com que se acredite na chance de mudar de vida com o resultado do sorteio. Quanto mais pobre uma pessoa se sente, maiores as chances de ser um jogador. Além disto, muitos sorteios estão voltados para “temas” populares, como é o caso da nossa loteria, associada ao futebol.

Sob a neuroeconomia, Lowenstein faz um comentário interessante:

Neuroeconomics is still in its infancy, and many of the existing findings are speculative or contradictory. (…) I believe that there is a danger that the field has been oversold, and perhaps “over-bought,” leading to inevitable disappointment and disillusionment.

Tradução:

A Neuroeconomia ainda está na infância e muitas das atuais conclusões são especulativas ou contraditórias. (…) Creio que há um perigo de que o campo tenha excedido a demanda e, talvez, "sobre-comprado", levando à inevitável decepção e desilusão.

Translated by
Elga dos Santos Bisca
English Teacher


Fonte: Blog: http://contabilidadefinanceira.blogspot.com/
César Tibúrcio - Doutor em Contabilidade pela USP. Professor Titular da UnB. Autor e Co-autor de Administração do Capital de Giro, Contabilidade Básica, Exame de Suficiência, Balanço Social, Custos no Setor Público e Teoria de Contabilidade.
E-mail: cesartiburcio@unb.br

BRIC







BRIC é um acrônimo criado em novembro de 2001 pelo economista Jim O´Neill, do grupo Goldman Sachs, criou o termo para designar os 4 (quatro) principais países emergentes do mundo, a saber: Brasil, Russia, India e China no relatório "Building Better Global Economic Brics". Usando as últimas projeções demográficas e modelos de acumulação de capital e crescimento de produtividade, o grupo Goldman Sachs mapeou as economias dos países BRICs até 2050. Especula-se que esses países poderão se tornar a maior força na economia mundial.

Se os resultados correrem como esperado em menos de 40 anos as economias BRICs juntas poderão ser maiores que as dos G6 (Estados Unidos da América, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália) em termos de dólar americano (US$).

O estudo ressalta que cada um dos quatro enfrenta desafios diferentes para manter o crescimento na faixa desejável. Por isso, existe uma boa chance de as previsões não se concretizarem, por políticas ruins, simplesmente má sorte, ou por erro nas projeções.

Mas se os BRICs chegarem pelo menos próximos das previsões, as implicações na economia mundial serão grandes. A importância relativa dos BRICs como usina de novas demandas de crescimento e poder de gasto pode mudar mais sensível e rapidamente do que se imagina a economia mundial.

De acordo com o estudo, o grupo possuirá mais de 40% da população mundial e juntos terão um PIB de mais de 85 trilhões de dólares (US$). Esses quatro países não formam um bloco político (como a União Europeia), nem uma aliança de comércio formal (como o Mercosul e ALCA) e muito menos uma aliança militar (como a OTAN), mas formam uma aliança através de vários tratados de comércio e cooperação assinados em 2002 para alavancar seus crescimentos.

Participação dos Países

Dentro dos BRICs haveria uma clara divisão de funções. Ao Brasil e à Rússia ficaria o papel de produtor de alimentos e produtor de petróleo respectivamente. Ambos seriam também fornecedores de matéria prima.

Os negócios de serviços e de manufatura estariam principalmente localizados na Índia e China, devido à concentração de mão-de-obra naquele e tecnologia neste.

Influência dos BRICs


A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), no Brasil, ocupa a posição de Terceira maior bolsa do mundo em termos de capitalização.

Atualmente

Os BRICs, apesar de ainda não serem as maiores economias mundiais, já exercem grande influência, o que pode ser presenciado claramente na reunião da OMC em 2005, onde os países em desenvolvimento

liderados por Brasil e Índia juntaram-se a países subdesenvolvidos para impor a retirada dos subsídios governamentais na União Européia e os Estados Unidos e a redução nas tarifas de importação e comércio nos mesmos. Alavancando assim o crescimento dos "BRICs" e outros países afetados pela pobreza.

Rússia, Índia e China já são superpotências militares, ao contrário do Brasil que ainda não apresentou momentos históricos necessários para uma corrida armamentista. Todos eles estão

em processo de desenvolvimento político e econômico para se adequarem aos demais países desenvolvidos.

No futuro

Em 2050, os BRICs já seriam as maiores potências econômicas do mundo; ultrapassando assim a União Européia e o ainda em crescimento Estados Unidos da América. Se formado um bloco econômico, seria uma parceria perfeita para o sucesso extremo e a onipotência mundial.

O Brasil desempenharia o papel de país exportador agropecuário, tendo como principais produtos a soja e o boi. Tudo isso seria necessário para alimentar mais de 40% da população mundial. A cana-de-açúcar também desempenharia papel fundamental na produção de combustíveis renováveis e ecologicamente corretos, como o álcool e a recente atração, o biodiesel. Além de fornecer matérias-primas essenciais a países em desenvolvimento, como o petróleo, o aço e o alumínio, que também são encontrados nos parceiros latinos, fortemente influenciados pelo Brasil, como Argentina, Venezuela e Bolívia. Mas talvez o mais importante papel do Brasil estaria em suas reservas naturais de água, na fauna e na flora, ímpares em todo o mundo, que em breve ocuparão o lugar do petróleo na lista de desejos dos líderes políticos de todos os países. O Brasil ficaria em 5º lugar no ranking das maiores economias do mundo em 2050.

A Rússia desempenharia papel parecido ao do Brasil, fornecendo matéria-prima e abasteceria a grande população dos BRICs com sua grande produção agropecuária devido à seu extenso território. Mas teria também como papel a exportação de mão-de-obra altamente qualificada e tecnologia de ponta herdadas da Guerra Fria. Além de todo seu poderio militar.

A Índia terá a maior média de crescimento entre os BRICs e estima-se que em 2050 esteja no 3º lugar no ranking das economias mundiais, atrás apenas de China (em 1º) e EUA (em 2º). Com sua grande população, a indústria ficaria situada neste país, e também por ter grandes investimentos na profissionalização de sua população e investimentos em tecnologia, além de toda sua tradição nas ciências exatas. Com também grande poderio militar.

Estima-se que a China seja em 2050 a maior economia mundial, tendo como base seu acelerado crescimento econômico sustentado durante todo início do século XXI. Terá grande concentração de indústria devido à sua população e tecnologia. Também com grande poderio militar. A China se encontra atualmente num processo de transição do capitalismo de Estado para o capitalismo de mercado que já deverá estar completo em 2050, mas ainda não se sabe se o governo irá continuar totalitarista ou se a China irá evoluir completamente para um país democrático aos moldes ocidentais impostos pelos Estados Unidos após a Guerra Fria.

Nada se sabe ao certo sobre o futuro dos BRICs, pois todos os países estão vulneráveis a conflitos internos, governos corruptos e revoluções populares, mas se nada de anormal acontecer iremos presenciar o início de uma era totalmente diferente de tudo que já aconteceu ao decorrer da história das nações. O início de um mundo totalmente apolarizado, onde desapareceria por completo a idéia de "norte rico, sul pobre". Onde todos os países se contrabalançariam. Juntos, os BRICs teriam um poder inigualável, comandados pelo dragão chinês. E quem sabe o início de uma revolução dos países africanos a fim de finalmente renascerem perante o mundo e o início de uma unificação mundial, a verdadeira globalização.

Finalmente, por conta da popularidade da teoria do banco Goldman Sachs, cogita-se ainda outras siglas, como BRIMC (Brasil, Rússia, Índia, México e China) e BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), incluindo México e África do Sul como nações com igual potencial de crescimento nas próximas décadas.


FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/BRIC


Formações


A influência da televisão

Destrói a capacidade da perplexidade de adultos e crianças

Televisão:

Muitos problemas que vivemos são decorrentes de imagens televisivas que ficaram gravadas em nossos subconscientes. É claro que a televisão amplia nossa visão de mundo, mas também sabemos o quanto desperta nossa curiosidade.

Uma criança que fica vendo programas que mostram cadáveres, assaltos e outras formas de violência acaba perdendo a capacidade da perplexidade. A criança passa a achar que o mundo é assim mesmo. E não adianta afirmar que a TV mostra aquilo que o povo quer assistir. Sabemos que os meios de comunicação, especialmente a televisão, são grandes formadores de opinião. Do contrário, não se investiria tanto em propaganda e marketing.

Quanto às cenas de sexo, homossexualismo, troca de casais... alguns poderiam dizer que é normal, já que a grande maioria das pessoas pratica sexo. Esse é um argumento bem inconseqüente. Afinal de contas, todos nós precisamos ir ao banheiro algumas vezes por dia, mas nem por isso, gostaríamos de nos ver filmados ou fotografados quando fazemos nossas necessidades naturais. Não é o fato de fazer que se autoriza a publicação.

O sexo tem a ver com intimidade. É um momento de profunda oração na vida do casal. A sexualidade está ligada ao mistério do amor. Tem relação com Deus e com a co-participação na obra da criação. Mas o modo como é apresentado, passa a ser vulgar, pecaminoso, imoral e profundamente destruidor das consciências.

A criança se acostuma com as imagens e começa a achar tudo normal. É até mesmo um crime despertar a criança para o genitalismo quando nem mesmo a sexualidade foi despertada nela. É crime ainda maior despertar e incentivar o genitalismo barato, pecaminoso e imoral.

Esse tipo de programação acaba reduzindo a infância, antecipando para a criança problemas que só conheceria mais tarde: como drogas, prostituição, traição, aborto. Por que será que quando a televisão quer aumentar a audiência, trabalha com a violência, sexo e baixaria? Porque o povo gosta de ver essas coisas, poderiam responder alguns. No entanto, sabemos que isso não é verdade.

Antes de apresentar esses fatos, a televisão se encarrega de fazer chamadas sensacionalistas e dar grande ênfase às matérias que serão apresentadas. Primeiro ela desperta a curiosidade, depois vem com as imagens terríveis que vão sendo gravadas no coração de todos nós, especialmente no das crianças. Por isso, além do uso racional da televisão, precisamos orar a partir dessas imagens distorcidas que ela provocou em nós.

Artigo extraído do livro “Seja feliz todos os dias” de Padre Léo (SCJ)

Pe. Léo

24/08/2007 - 09h50

Fonte: E-mail que recebi do amigo Dr. Rafael Puzone Tonello em 27-08-2007.

Auditores toleram manipulação de tempo, não de informação



"Veja lista de práticas consideradas contábeis e estratégicas e lista de possíveis fraudes"


Qual é a diferença entre decisões contábeis, estratégicas e fraudes para os auditores independentes? Entender onde começam e terminam essas ações é crucial para que os executivos de finanças não sejam pegos de surpresa durante uma auditoria. De acordo com o diretor de graduação e coordenador do curso de Ciências Contábeis da Trevisan Escola de Negócios, Sérgio Souza, autor de um artigo científico sobre Earning Management, os auditores toleram manipulações de tempo, mas não de informação.

“De uma maneira geral a diferença entre as decisões contábeis e estratégicas ocorre pela manipulação do tempo de ocorrência dos fatos e nas questões identificadas como fraude ocorre manipulação de informações”, explica o trabalho. Segundo o autor, as situações indicadas como fraude “pareceram mais definitivas, conforme apresentadas. Já as demais questões podem ou não ter características distintas dependendo do contexto e circunstâncias que estão sendo empregadas vis a vis com os objetivos definidos”.

Com base no trabalho, o Financial Web compilou duas listas. Na primeira, os auditores apontam práticas consideradas tradicionais ou contábeis. Na segunda, estão as práticas que podem ser consideradas fraudulentas, dependendo do contexto e das circunstâncias. Veja.

Tradicionais ou estratégicas

  • Reconhecimento muito elevado de provisões;
  • Aceleração das despesas de depreciação;
  • Retardar vendas;
  • Acelerar gastos associados à propaganda e publicidade, treinamento e P&D;
  • Aumentar despesas de natureza não operacional (Banquetes, bingos, doações);
  • Antecipar ou acelerar vendas;
  • Adiar a revalidação de despesas necessárias de propaganda e publicidade, treinamento ou P&D;
  • Aumentar receitas não operacionais pela venda de ativos da empresa;
  • Não cumprir com os compromissos financeiros (apenas não-fraudulenta);
  • Não pagar tributos lançados (apenas não-fraudulenta).


Possíveis fraudes

  • Reconhecimento de receitas apenas quando da cobrança;
  • Evitar ou reduzir reconhecimento de provisões;
  • Reduzir as cotas de depreciação e exaustão;
  • Reconhecimento de receitas durante a produção;
  • Registrar vendas fictícias;
  • Antecipar (documentalmente) a data da realização das vendas;
  • Superestimar o estoque pelo registro de inventário;
  • Receber e não efetuar a entrega do produto.

Fonte: http://www.financialweb.com.br/
Colaboração de Guilherme Belarmino

Cem países estão em vias de adotar o IFRS

Não faz muito tempo, o mundo financeiro reverenciava o padrão contábil americano como pilar da transparência corporativa. Mas a quebra da Enron e outras multinacionais mostraram a vulnerabilidade do US Gaap. Essas empresas encontraram muitas brechas no detalhado sistema dos EUA para pintar e bordar.

Em 2005, a União Européia resolveu adotar um modelo completamente distinto, o chamado IFRS (Padrões Internacionais de Demonstrações Financeiras). As normas contábeis IFRS são emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), uma organização internacional sem fins lucrativos com base em Londres. O IASB conta, em seu sistema de governança, com especialistas do mundo todo, inclusive do Brasil.

Depois de ser abraçado por cerca de 7 mil empresas européias, o IFRS passou a receber adesões rapidamente pelo mundo. Cerca de cem países adotaram ou estão em vias de adotar o IFRS. E a previsão do IASB é que o número aumente para 150 nos próximos quatro anos.

O IFRS pegou por conta da sua facilidade de tradução global. O sistema americano é muito complexo, cheio de regras e exceções. Somente para a contabilização de receitas, o US Gaap contém mais de duzentas regras. Não é uma linguagem que pode se tornar universal. Com os mercados cada vez mais interligados, as empresas precisavam de um padrão único. Era muito custosa a tradução de normas contábeis de um país para outro. O IFRS não tem regras, mas princípios, como o que indica que os ativos e passivos devem ser contabilizados pelo valor presente. Em qualquer lugar do mundo, é possível entender o que isso quer dizer. Agora, como aplicar esse princípio - por exemplo, a que taxa fazer o desconto para o valor presente -, depende de cada situação. "A empresa tem que fazer uso do bom senso e depois precisa se justificar para o mercado, auditor e órgão regulador", diz Sérgio Romani, sócio no Brasil da Ernst & Young.

As empresas gostaram. É simples e dá flexibilidade. De acordo com a PricewaterhouseCoopers, enquanto a lei americana ocupa 25 mil páginas, o IFRS dá conta do recado em 2.500 páginas. "O IFRS é uma quebra de paradigma", diz Fabio Cajazeira, sócio da Price no Brasil. Entusiasta do IFRS, Cajazeira liderou um grupo da Price brasileira que, há dez anos, vem estudando o IFRS. Ele passou dois anos em Londres, entre 1999 e 2001. "Para mim, ficou claro que a convergência era inevitável", diz.

De acordo com estudo da Ernst & Young, nos países emergentes do grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), a adoção do padrão contábil internacional está adiantada. No Brasil, o IFRS começa a ser usado ainda neste ano. Na Rússia, em 2010. Na Índia, o processo deve estar concluído até 2011 e, na China, as normas contábeis estão em revisão para convergir com o IFRS. Na América Latina, o IFRS já é utilizado no Uruguai e no Peru e está em vias de adoção por Argentina, Chile, Colômbia e Equador.

Até os Estados Unidos, ao que parece, agora resolveram render-se ao modelo europeu. O órgão regulador e fiscalizador do mercado de capitais americano (SEC) abriu caminho, no fim de agosto, para que as empresas americanas migrem do US Gaap para o IFRS. O plano da SEC é que as multinacionais baseadas nos Estados Unidos migrem, voluntariamente, para o IFRS em 2010.

Fonte: Adriana Wilner, para o Valor, de São Paulo - 29-09-2008.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O novo gerente!


Uma empresa entendeu que estava na hora de mudar o estilo de gestão e contratou um novo gerente geral.
Este veio determinado a agitar as bases e tornar a empresa mais produtiva.
No primeiro dia, acompanhado dos principais assessores, fez uma inspeção à toda empresa.
No armazém todos estavam trabalhando, mas um rapaz novo estava encostado na parede com as mãos no bolso.
Vendo uma boa oportunidade de demonstrar a sua nova filosofia de trabalho, o novo gerente perguntou ao rapaz:

- Quanto é que você ganha por mês?

- Trezentos reais, porquê? - respondeu o rapaz sem saber do que se tratava.

O administrador tirou os R$ 300,00 do bolso e os deu ao rapaz, dizendo:

- Aqui está o seu salário deste mês. Agora desapareça e não volte aqui nunca mais!

O rapaz guardou o dinheiro e saiu conforme as ordens recebidas.

O gerente então, enchendo o peito, pergunta ao grupo de operários:

- Algum de vocês sabe o que este tipo fazia aqui?

- Sim Senhor - responderam atônitos os operários

- Veio entregar uma pizza e estava aguardando o troco.




"Tem pessoas que desejam tanto mandar, que se esquecem de pensar"




César Augusto I. Alves
Administrador - Especializado em Gestão de Pessoas
Consultor - Palestrante em Recursos Humanos e Escritor
Blog: www.administrandopessoas.blogspot.com
E-mail: cesar.papaleguas@itelefonica.com.br

As sociedades estrangeiras e as limitadas




Não obstante os trabalhos que vêm sendo escritos a respeito do Código Civil de 2002 e seu impacto no mundo empresarial, uma questão ainda não ficou bem evidenciada, qual seja: a temática sobre a participação das sociedades estrangeiras no Brasil.

Desta feita, é oportuna uma análise sobre o tema, principalmente no que abarca sobre a responsabilidade social. Via de regra, a adoção de sociedades estrangeiras no quadro societário de sociedades nacionais possui uma dupla finalidade; i) viabilizar a realidade econômica do Brasil, num mundo globalizado onde as fronteiras são cada vez mais infinitas e, ii) dentro de uma sistemática que é adotada por muitos, para proteção patrimonial - sempre -, dentro de um cenário legal e regular.Ocorre, contudo, que o artigo 1.134 do Código Civil é enfático ao dispor que a sociedade estrangeira, qualquer que seja o seu objeto, não pode, sem autorização do Poder Executivo, funcionar no país, ainda que por estabelecimentos subordinados, podendo; ressalvados os casos expressos em lei, ser acionista de sociedade anônima brasileira.

A redação desse artigo nos possibilita compreender que as sociedades estrangeiras somente podem participar de empresas nacionais na condição de acionistas. Sabe-se, contudo, que a maioria das sociedades que vem operar no Brasil busca sua constituição sob o tipo societário limitada, por causa da agilidade operacional desse tipo de empresa, bem como e, principalmente, em razão da possibilidade de menor exigência de transparência dos seus balanços fiscais.

Destarte, na prática, o que se tem presenciado, é a utilização de sociedades estrangeiras, tipo offshore - sociedades constituídas em paraísos fiscais, que possuem tal denominação por, geralmente, localizarem-se em ilhas -, por aqueles que almejam a manutenção e perpetuação do patrimônio conquistado, fazendo com que sociedades estrangeiras participem de sociedades nacionais do tipo Ltda, como meio de proteção para salvaguardar os bens e direitos conquistados ao longo dos anos.

É de se ressaltar que tais sociedades não se tratam exclusivamente de meios ilegais para práticas de atos ilícitos. Tratam-se, muitas vezes, de expedientes regulares e usuais, próprias das exigências de um mundo globalizado com a incidência de mecanismos empresariais de alta velocidade.

Neste sentido, vale dizer, também, que seria utópico aguardar a autorização do Executivo para o início das atividades de todas as sociedades estrangeiras que pretendem se instalar no Brasil - outra alternativa disposta no artigo 1.134 do Código Civil. Essa medida, tomada ao pé da letra, no mínimo, inviabilizaria o país e tornaria mais alto o famoso "custo Brasil".

Cumpre observar que não são poucos os que entendem que a redação do artigo 1.134, de fato, não proíbe a sociedade estrangeira de investir em outros tipos societários - porque, isso seria desastroso economicamente, haja vista a quantidade de sociedades limitadas estrangeiras que, efetivamente, figuram como sócias em sociedades nacionais.

Ademais, é de bom tom que se esclareça que as sociedades estrangeiras, por possuírem personalidade jurídica, podem ser utilizadas como meio de distinguir o patrimônio da sociedade e dos sócios, através de planejamentos societários adequados e regulares, algo extremamente útil, tendo em vista os riscos inerentes da atividade negocial.

Neste diapasão, as pessoas físicas têm notória preocupação a respeito da salvaguarda dos bens e direitos conquistados ao longo dos anos, considerando que essa conquista de patrimônio assegura-se como uma das mais tradicionais formas de avaliação e reconhecimento das capacidades do ser humano.

Porém, um item tem que ficar evidenciado. Pela letra da lei, as sociedades do tipo limitada que contiverem em seus quadros societários sociedades estrangeiras estarão em desacordo com o artigo 1.134 do Código Civil Brasileiro - em outras palavras, estariam irregularmente constituídas.

Exemplo e conseqüência do que ora se consigna, é o da sociedade limitada, inadimplente, que possui no seu quadro societário sócios estrangeiros. No caso dos respectivos credores buscarem, em juízo, seus haveres, entendemos que o patrimônio dos sócios estaria sujeito à expropriação, pois, diante da patente irregularidade constitutiva societária, a responsabilidade dos sócios passaria a ser ilimitada.

Não se trata da hipótese de desconsideração da personalidade jurídica, prevista no artigo 50 do Código Civil, mas, sim, da conseqüência de sua irregularidade diante das normativas do diploma legal vigente. O artigo 1.080 do Código Civil dispõe que as deliberações infringentes do contrato ou da lei tornam ilimitada a responsabilidade dos que expressamente as aprovaram.

De todo modo, a realidade e a prática demonstram que um grande número de sociedades limitadas estrangeiras figura como sócia em sociedades nacionais, na configuração de verdadeiras joint ventures societárias, tendo em vista que com o desenvolvimento das relações econômicas, houve aumento do comércio entre os países, o que intensificou o fluxo de bens e serviços.

Sociedades cujas sedes são localizadas em outros países são responsáveis pela produção e circulação de bens e serviços, num mercado, veloz e feroz, significando que, para acompanhar a dinamização das relações econômicas internacionais, as empresas tiveram de encontrar maneiras de aumentar seu poder tecnológico e sua logística, atuando em países distantes de suas respectivas sedes, com leis e costumes diferentes dos seus.

Parece-nos, assim, bastante tranqüilo concluir que as sociedades do tipo limitada, cujos sócios sejam sociedades estrangeiras, por ocasião da aplicação do artigo 1.134 do Código Civil, estão irregulares, devendo adaptar-se ao tipo societário de sociedade anônima. Via de conseqüência, as elaborações e divulgações das demonstrações financeiras dessas sociedades ajustar-se-iam ao princípio da publicidade, em evidente atenção ao princípio da transparência - mola propulsora e elemento principal dos requisitos que levam á responsabilidade social, evidente mecanismo de equilíbrio e ajuste negocial.

Por fim, entendemos que cabe ao poder público a devida fiscalização, através dos órgãos incumbidos da execução do Registro Público de Empresas - Juntas Comerciais - atentando-se para os respectivos arquivamentos societários, a fim de que haja o evidente cumprimento da Lei, em favor da transparência.


Fonte: http://www.valoronline.com.br/
Armando Luiz Rovai - Doutor em Direito pela PUC-SP e ex-presidente da JUCESP - Junta Comercial do Estado de São Paulo
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Carreira promissora


A Lei 11.638, instituída no final do ano passado, alterando normas e procedimentos contábeis das empresas brasileiras, dando maior transparência às organizações e reduzindo os custos de transações relacionadas a investimentos e financiamentos, gerou uma expectativa muito grande por aumento da demanda de serviços de contabilidade após os nove meses de sua vigência. Mas não foi só isso que ocorreu. Mais profissionais de contabilidade também estão sendo necessários. Hoje, o Brasil conta com cerca de 400 mil contabilistas, entre técnicos e contadores. Calcula-se que a área necessitará 25% a mais de profissionais para atender ao novo cenário do setor.

O capital humano em empresas que prestam serviço na área de contabilidade precisa de boa qualificação. Muito além de conhecer o básico da atividade, deve estar permanentemente atualizado. Só do ano passado para cá, duas importantes leis foram criadas no País, virando de cabeça para baixo todo o mercado que atua no setor. Uma já foi citada: a 11.638. A outra é a que estabelece a adoção de novo padrão contábil, o IFRS (International Financial Reporting Standards), formato internacional já utilizado por companhias de mais de cem nações. A boa formação, inclusive continuada, portanto, terá influência cada vez maior no segmento.

Outro novo fator no mercado dos contabilistas é a crescente participação da mulher. Dados de julho deste ano mostram que a classe tem 400.823 profissionais registrados no País. Destes, mais de 147 mil são contadoras ou técnicas na área, representando cerca de 36% do total. A presença das profissionais no setor deverá continuar aumentando. O curioso é que o segmento sempre foi ocupado predominantemente por homens. A relação humana, componente fundamental para exercer a atividade, tem forte influência feminina. Tanto que o Conselho Federal de Contabilidade é presidido por uma mulher.

Além disso, elas não só estão ocupando cargos nos departamentos de contabilidade e fiscal das empresas, como também nas prestadoras de serviços na área, que se tornaram fundamentais devido às recentes e significativas alterações registradas no modelo contábil. Empresas de outsourcing têm sido importantes para que as organizações possam adequar-se rapidamente às novas normas e regras da contabilidade sem comprometer seus negócios centrais.

Nos próximos anos, pela expansão que se promete no setor – notadamente na adoção de outsourcing em atividade de contabilidade fiscal e societária nas empresas — e também pelo que se tem visto nas escolas, não seria exagero afirmar que o número de mulheres na profissão será igual ao dos homens. E haverá a quebra de mais um paradigma no País.


Fonte: http://www.financialweb.com.br/
Geuma Campos Nascimento e Vagner Jaime Rodrigues - Sócios da Trevisan Outsourcing e Professores da Trevisan Escola de Negócios.

Valorizar o próprio trabalho é essencial para a carreira



01/10/2008 - 17:04 (atualizada em 01/10/2008 17:17)

Filósofo defende que o trabalho deve ser encarado como uma obra a ser realizada



Da Redação

Em seu livro “Qual É a Tua Obra? – Inquietações Propositivas sobre Gestão, Liderança e Ética”, o filósofo e professor Mario Sergio Cortella mostra a importância de se saber o valor do próprio trabalho.

Em entrevista à revista VOCÊ S/A, o filósofo falou das competências profissionais exigidas atualmente pelo mercado e de que modo se pode alcançá-las.

A autonomia é uma das características mais valorizadas hoje no ambiente de trabalho. “Não se deve confundir autonomia com soberania”, alerta, contudo, Cortella.

Profissionais autônomos são aqueles capazes de tomar decisões por si mesmos e de usar da proatividade, persistência e empenho para impulsionar a criação e a invenção.

A capacidade criativa pode ainda ser estimulada com cursos de música, artes, filosofia, etc. Cortella confirma: “todas as vezes em que consigo aumentar meu repertório de conhecimentos e elaborar mais o meu estoque de sensibilidades, a capacidade de refinar minha obra se torna mais viável.”

Ser sensível ao aprendizado e humilde são outras recomendações do filósofo. Para se tornar um líder, é preciso afastar a arrogância, assumir que tudo o que se sabe é sempre pouco e encarar o medo de falhar como um sentimento que pode motivá-lo a vencer desafios.

Acima de tudo, quando se trata da carreira profissional e do dia-a-dia do trabalho, “é preciso ficar em estado de atenção em vez de render-se ao estado de tensão”, afirma Cortella.


Fonte: http://www.abril.com.br/noticia/comportamento/no_345787.shtml - (Revista VOCÊ S/A)

Dia do Contador


Homenagem que recebi em 22 de setembro de 2008, via e-mail no dia do Contador da Entidade: FENACON - Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas.

FENACON
Sistema SESCAP/SESCON
Endereço: Setor Bancário Norte - Quadra 2 - Bloco F - Lote 12 - Salas 904/912 - Edifício Via Capital - CEP: 70040-020 - Brasília - DF - Fone/Fax: (61)3429-8400
Site: www.fenacon.org.br
E-mail: fenacon@fenacon.org.br

sábado, 20 de setembro de 2008

Peixe vivo



Os japoneses sempre adoraram peixe fresco. Porém, as águas perto do Japão não produzem muitos peixes há décadas.

Assim, para alimentar a sua população os japoneses aumentaram o tamanho dos navios pesqueiros e começaram a pescar mais longe do que nunca. Quanto mais longe os pescadores iam, mais tempo levava para o peixe chegar.

Se a viagem de volta levasse mais do que alguns dias, o peixe já não era mais fresco. E os japoneses não gostaram do gosto destes peixes. Para resolver este problema, as empresas de pesca instalaram congeladores em seus barcos. Eles pescavam e congelavam os peixes em alto-mar. Os congeladores permitiram que os pesqueiros fossem mais longe e ficassem em alto mar por muito mais tempo.

Os japoneses conseguiram notar a diferença entre peixe fresco e peixe congelado e, é claro, eles não gostaram do peixe congelado. Então, as empresas de pesca instalaram tanques de peixe nos navios pesqueiros.

Eles podiam pescar e enfiar esses peixes nos tanques, como 'sardinhas'. Depois de certo tempo, pela falta de espaço, eles paravam de se debater e não se moviam mais. Eles chegavam vivos, porém cansados e abatidos. Infelizmente, os japoneses ainda podiam notar a diferença do gosto. Por não se mexerem por dias, os peixes perdiam o gosto de frescor. Os consumidores japoneses preferiam o gosto de peixe fresco e não o gosto de peixe apático.

Como os japoneses resolveram este problema? Como eles conseguiram trazer ao Japão peixes com gosto de puro frescor?

Para conservar o gosto de peixe fresco, as empresas de pesca japonesas ainda colocam os peixes dentro de tanques, nos seus barcos. Mas, eles também adicionam um pequeno tubarão em cada tanque. O tubarão come alguns peixes, mas a maioria dos peixes chega 'muito vivo'. E fresco no desembarque. Tudo porque os peixes são desafiados, lá nos tanques.

Portanto, como norma de vida, ao invés de evitar desafios, pule dentro deles.


Odir de Oliveira
Engenheiro e Empresário
E-mail: odir@growtec.eng.br

Audiência Pública da CVM


A CVM/CPC colocam em audiência pública as seguintes minutas de pronunciamentos:


CPC 05 – Divulgações sobre Partes Relacionadas é assegurar que as demonstrações contábeis de uma entidade contenham as divulgações necessárias à evidenciação de prováveis efeitos em sua posição financeira e em seu resultado em virtude da existência de partes relacionadas e por transações e saldos existentes com tais partes. Embora a prática contábil brasileira esteja bastante aperfeiçoada, este Pronunciamento que está sendo oferecido à audiência pública visa à convergência com a norma internacional IAS 24- Related Party Disclosures. Foram incluídas na minuta disposições adicionais por força de legislação e regulamentações específicas brasileiras, mas que estão conforme a essência das normas internacionais emitidas pelo IASB.

O Pronunciamento Técnico CPC 08 – Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários regulamenta a contabilização dos prêmios na emissão de debêntures em conformidade com a Lei no 11.638/2007 (Art. 10). Modifica substancialmente o tratamento dado, no Brasil, aos gastos com captação de recursos de terceiros ou dos próprios sócios, fundamentado no IAS 39 - Financial Instruments: Recognition and Measurement - principalmente nos seus parágrafos 43 a 47, mas não altera o registro dos prêmios na emissão de ações (excedente de capital, art. 182, § 1o, "a" da Lei no 6.404/76).

A minuta do Pronunciamento Técnico CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado (DVA) regula a apresentação dessa nova demonstração contábil, exigida a partir da aprovação da Lei nº 11.638/2007, que introduziu o item "V" ao artigo 176 da Lei das Sociedades por Ações, de nº 6.404/76. Essa nova demonstração é uma das peças do Balanço Social, que representa um conjunto de informações que pode ou não ter origem na contabilidade financeira e tem como principal objetivo demonstrar o grau de envolvimento da empresa com a sociedade que a acolhe, devendo ser entendida como um instrumento no processo de reflexão sobre as atividades das empresas e dos indivíduos no contexto da respectiva comunidade.


Willian Ferreira dos Santos
willian_limeira@vivax.com.br

Regra fiscal para nova contabilidade será publicada em 15 dias




A Receita Federal acaba de encaminhar à Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda a proposta de medida provisória (MP) que cria o Regime Tributário de Transição (RTT) para neutralizar os impactos da nova lei contábil (11.638, de 28 de dezembro de 2007), segundo informou o secretário-adjunto Carlos Alberto Barreto. A previsão é que dentro de 15 dias o texto esteja publicada no Diário Oficial.



Carlos Alberto Barreto, Secretário-adjunto da Receita: admite que houve polêmica no debate sobre o texto da MP.

Os principais pontos, segundo ele, são as revogações de duas normas da Lei 11.638/2007. A primeira delas criou o livro de apuração do lucro contábil (Laluc). A outra está no parágrafo 7º do artigo 177 da lei e prevê que as mudanças societárias não terão impacto tributário. Além disso, o RTT será prorrogado se não for regulamentado até 2009.

Entre outras normas, a MP prevê que, para a determinação das participações sujeitas à equivalência patrimonial, vale a Lei 11.638/2007. O RTT ainda será estendido para as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido e definirá a compensação pela diferença dos tributos e estabelecerá regras de apuração da base de cálculo. A medida provisória também vai estender a opção referente ao Imposto de Renda à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), ao PIS e à Cofins.

A proposta da Receita ainda tem de ser submetida à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) antes de ir à Casa Civil para a assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na estimativa de Barreto, a MP pode ser publicada em aproximadamente 15 dias.

Barreto admitiu que, inicialmente, as consultas realizadas pela Receita revelaram alguma polêmica sobre a revogação do parágrafo 7º do artigo 177. Essa resistência, segundo ele, deixou de existir à medida que os especialistas compreenderam que a MP vai garantir a neutralidade. "A medida provisória define melhor os pontos obscuros da nova lei, dando mais segurança jurídica às empresas e, ao mesmo tempo, preservando a neutralidade tributária", afirma.

O Valor publicou ontem reportagem revelando opiniões de especialistas alertando para o fato de não ser absoluta a neutralidade fiscal do regime de transição previsto pela MP. Eles citaram os casos de novidades na tributação de doações e subvenções e nas hipóteses de prêmios na emissão de debêntures.

Na avaliação de Barreto, a neutralidade do regime de transição está garantida na MP porque já era prevista a tributação nas duas ocorrências relatadas pelos especialistas. Ele ressalta que, em 2007, já incidiam Imposto de Renda-IR (25%) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido-CSLL (9%) sobre esses fatos geradores (ganhos). "Incorporar doações, subvenções e prêmios ao capital e, depois, distribuir esse capital é planejamento tributário. Para isso, fechamos a porta", afirma. Na sua interpretação, a distribuição de ganhos era e continuará a ser tributada.

De acordo com as explicações do secretário adjunto da Receita, a MP, ao contrário do que afirmam alguns analistas, não cria duas contabilidades. Isso, segundo ele, foi previsto na Lei 11.638/2007, mas será corrigido. Barreto justifica que a revogação do livro de apuração de lucro contábil vai no sentido da maior transparência e de mais governança nas empresas. A MP, pelo que ele revelou, vai estabelecer que a contabilidade societária poderá ser complementada por meio de ajustes fiscais em livros auxiliares ou do livro de apuração do lucro real (Lalur).
A necessidade de um regime tributário de transição decorre da falta de tempo para regulamentar a Lei 11.638 ainda em 2007. Ela foi assinada em 28 de dezembro, uma sexta-feira.
Para o secretário da Receita, a tramitação do projeto de conversão dessa MP em lei será rápida porque foi tomado o cuidado de ouvir as sugestões de entidades como a Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e outras.

Fonte: http://www.valoronline.com.br/
Arnaldo Galvão - Boletim Valor Econômico - 19/09/2008.

sábado, 13 de setembro de 2008

Planejamento e Execução



Parece óbvio quando empregamos a palavra planejar em nossas vidas, acreditamos que tudo é muito simples quando tratamos de assuntos totalmente ligado a planejamento, na Administração das Empresas por exemplo vejo muitos comentando que administrar um negócio ou um empreendimento é a coisa mais fácil que existe, será mesmo? inconscientemente planejamos tudo o que nós fazemos em nossa vida, porém existe algumas taferas bastante importantes no nosso dia-a-dia e que de um modo geral não utilizamos corretamente cada uma delas, estou falando de: 1-)planejar, 2-)organizar, 3-)coordenar e, 4-)controlar. Sempre temos que entender que Planejamento e Execução são tarefas que necessariamente precisam estar sempre juntos, vejamos o vídeo do Professor Alexandre Freire sobre o assunto Planejamento e Execução.


Willian Ferreira dos Santos
willian_limeira@vivax.com.br






Vídeo: Professor Msc. Alexandre Freire
Strong - Fundação Getúlio Vargas - http://www.strong.com.br
Mestre em Administração de Empresas -
University Of Oklahoma - EUA
Especialista em Gestão de Marketing e Serviços - http://www.alexfreire.com.br

Mensuração de Ativos

DEFINIÇÃO DE ATIVOS: São recursos controlados por uma entidade capazes de gerar, mediata ou imediatamente, fluxos de caixa.

O teste de um ativo é que, ao trazer benefícios imediatos ou futuros, transformará esses benefícios em entradas líquidas de caixa ou em economia de saídas líquidas de caixa.

Capacidade de geração de caixa.


MENSURAÇÃO:

Atribuir uma quantidade numérica a uma característica ou a um atributo de algum objeto, como um ativo, ou de uma atividade, como a de produção.

A medida de valor de um ativo é a soma dos preços futuros de mercado dos fluxos de serviços a serem obtidos, descontados pela probabilidade de ocorrência e pelo fator juro, a seus valores atuais.

MEDIDAS DE ENTRADA:

Representam os custos de aquisição de ativos em mercados organizados. Podem ser extraídas de mercados passados, correntes e futuros.

MEDIDAS DE SAÍDA:

Representam os valores de venda de ativos em mercados organizados. Podem ser extraídos de mercados passados, correntes e futuros.

MEDIDAS DE CUSTO OU MERCADO, O QUE FOR MENOR.

A regra de mensuração não cria medidas de entrada ou saída.

OBJETIVOS DE MENSURAÇÃO

A escolha de medidas de ativo deve ser orientada pelos objetivos de divulgação financeira decorrentes da estrutura da contabilidade, do desejo de ser capaz de interpretar demonstrações financeiras em termos econômicos ou de seu valor para os usuários.

A quantidade de medidas diferentes reflete a variedade de aplicações da contabilidade, pois cada aplicação sugere uma medida distinta. O conceito apropriado, em cada caso, exige que se conheça quem usará a informação e para que fim.

PROCESSO DE MENSURAÇÃO

Processo de atribuição de valores monetários significativos a objetos ou eventos associados a uma empresa, e obtidos de modo a permitir agregação ou desagregação, quando exigida em condições específicas.

Exemplo de objetos incluem contas a receber, instalações e equipamentos e dívidas a longo prazo; exemplos de atividades incluem vendas de produtos e serviços e pagamento de dividendos. Primeiro precisa ser definido um atributo específico a ser medido. No caso de contas a receber: o valor de reais a serem recebidos e a data esperada de recebimento.

No caso de instalações e equipamentos: a capacidade física de produção, o dispêndio de recursos no ato da aquisição, ou os recursos necessários para repor os ativos no presente momento.

Geralmente a mensuração é imaginada em termos monetários. Não deve ser esquecido que dados não monetários, como capacidade de produção em toneladas ou número de operários podem muitas vezes ser relevantes para certas predições e para tomada de decisões.

Por exemplo, um objetivo na descrição da mensuração de instalações e equipamentos é fornecer uma indicação das quantidades físicas ou capacidades de produção possuídas pela empresa, bem como alguma indicação de suas idades relativas e durações futuras esperadas. Os contadores têm reconhecido a necessidade de apresentação de informações como essas, e tem colocado nas notas explicativas.

Bases de Mensuração


Valores de Entrada

Valores de Saída

Passados

Custos históricos

Preços de venda passados

Correntes

Custos de reposição

Preço corrente de venda

Futuros

Custos esperados

Valor realizável esperado

Preços de Troca

Como os bens e serviços são geralmente trocados por dinheiro, segue-se logicamente que os preços de troca (preços de mercado) devem ser relevantes para divulgação externa. Além disso, como as decisões econômicas somente podem afetar resultados correntes e futuros, os preços correntes e futuros de troca são potencialmente tão relevantes quanto os preços passados de troca.

Os preços de troca são extraídos de mercados. Mas há dois mercados nos quais uma empresa opera e, portanto, dois tipos de preços ou valores de troca – os valores de saída e os valores de entrada.

Os valores de saída refletem os fundos recebidos por uma empresa, baseados particularmente no preço de troca do que é produzido pela empresa.

Os valores de entrada refletem alguma medida do sacrifício feito para obter os ativos usados por uma empresa em suas operações – os fatores de produção.

Reavaliação de ativos

Entre o custo de entrada do ativo quando é adquirido e custo de saída quando o processo de obtenção de receita é concluído, entre esses dois pontos vários, caminhos são possíveis.

- Um deles pressupõe que o ativo é reavaliado no momento da entrega;

- Outro no momento final de recebimento do dinheiro;

- Um terceiro pressupõe avaliação continuamente durante o período;

- Um quarto pressupõe reavaliação no momento da assinatura do contrato como o comprador, sem a entrega da mercadoria ainda.

A questão não é se um ativo deve ser reavaliado em termos de preços de saída, é quando fazê-lo.

MEDIDAS DE ENTRADA

Representam o volume de dinheiro, ou o valor de alguma outra forma de compensação, pago quando um ativo ou seus serviços integram na empresa por meio de uma troca ou conversão. Podem basear-se em trocas passadas, correntes ou futuras esperadas.

Custos Históricos de Entrada

Preço agregado pago pela empresa para adquirir a propriedade e o uso de um ativo, incluindo todos os pagamentos necessários para colocar o ativo no local e nas condições que permitam prestar serviços na produção ou em outras atividades da empresa.

Como conceito de avaliação de ativos não monetários, a principal vantagem do custo reside no fato de ser verificável: é o preço de uma transação realizada.

Uma das principais desvantagens da avaliação baseada no custo histórico é a de que o valor do ativo para a empresa pode variar com o passar do tempo; ao fim de longos períodos, pode não ter significado algum como medida de quantidade de recursos disponíveis à empresa, do valor de seus serviços futuros ou de seu preço corrente de mercado. As variações de preços afetam mais a relevância e a comparabilidade dos custos históricos aplicados a ativos não circulantes do que a circulantes, em função do período mais longo entre a data de aquisição e data média de utilização, quanto maior for esse período, maior será o efeito cumulativo de variações de preços a contar da data de aquisição.

Ativos Circulantes não monetários: são direitos que não podem ser convertidos em uma quantidade atualmente conhecida de dólares numa data futura específica. Exemplos: são investimentos em ações ordinárias de outras empresas, estoques de produtos e despesas pagas antecipadamente. Esses itens possuem uma característica comum que se distingue de ativos monetários, pois seu valor corrente não pode ser estimado descontando-se um valor de vencimento futuro e fazendo um ajuste pela incerteza quanto ao recebimento.

Ativos Monetários: disponibilidades e ativos assemelhados, que deveriam ser expressos em termos de entrada esperadas de caixa, ajustadas pelo prazo de espera de recebimento, sempre que relevante.

Custos Correntes de Entrada

Os custos correntes representam o preço de troca que seria exigido hoje para obter o mesmo ativo ou um ativo equivalente. Deve ser observado, porém, que esse preço corrente de troca é um preço de custo somente quando é obtido a partir de cotações em mercado no qual a empresa adquire seus ativos ou os serviços por eles proporcionados; não pode ser obtido a partir de cotações no mercado em que a empresa usualmente vende seus ativos ou seus serviços no curso normal de suas operações, a menos que os dois mercados coincidam.

O custo corrente tem-se transformado em uma base mais importante de avaliação na contabilidade, particularmente para apresentação de informações a respeito do efeito da inflação sobre a empresa. É uma medida apropriada de valor justo, seja no estabelecimento de um preço inicial de aquisição, seja no estabelecimento de um valor máximo.

Desvantagens:

-custos e cotações correntes não estão disponíveis para itens sazonais e de moda e para bens produzidos por métodos obsoletos. As estimativas de valores correntes de entrada desses itens podem assim, se de natureza subjetiva.

-as variações de custos correntes nem sempre refletem variações de preços correntes de venda. Os valores não variam necessariamente quando há alterações de custos.

Custos Futuros de Entrada Descontados

Se o preço, de acordo com os termos do contrato, deve ser pago mais tarde, o custo do ativo deve ser o valor presente da obrigação contratual. Prazos curtos para pagamento podem ser ignorados, porque o desconto é geralmente insignificante.

Os conceitos de custo futuro descontado também tem sido recomendado em casos nos quais a empresa conta com a alternativa de adquirir serviços ao ritmo de suas necessidades e não de uma vez só.

Custo Histórico corrigido pelas variações do poder aquisitivo médio geral da moeda

Restauração dos próprios custos históricos.

Restabelecer os custos incorridos em transações passadas em termos de poder aquisitivo da moeda de uma data base.

Custo corrente corrigido pelas variações do poder aquisitivo da moeda

Os ativos são avaliados pelos preços correntes de compra e corrigidos pela variação de um índice oficial que representa a flutuação de preços, podendo inclusive utilizar o valor presente. Desta forma procura-se resolver a questão da variação do poder aquisitivo da moeda – inflação ou deflação – quando se compara o valor de ativos em datas diferentes.

Para Iudícibus o custo corrente corrigido é talvez o mais completo conceito de avaliação de ativos a valores de entrada, pois combina as vantagens do custo corrente com as do custo histórico corrigido.

MEDIDAS DE SAÍDA

Os preços de saída representam o volume de caixa, ou o valor de algum outro instrumento, recebido quando um ativo ou seu serviço deixa a empresa por meio de troca ou conversão.

As contas a receber são exemplo de um ativo medido a valor corrente de troca de saída. Títulos de renda fixa a receber constituem exemplo de ativo medido a seu valor futuro descontado.

O emprego de preços de saída tem sido aprovado quando o ativo é facilmente realizável no mercado. Exemplos incluem títulos negociáveis, metais preciosos e certos produtos agrícolas. Tais ativos possuem preços cotados disponíveis em um mercado ativo, capaz de absorver rapidamente a quantidade possuída pela entidade sem que o preço seja significativamente afetado.

Valores Realizáveis líquidos

Tem sido sugerido que sempre que os valores de saída estejam sendo usados na mensuração de estoques e haja previsão de custos de produção ou despesas de vendas adicionais estejam previstos, esses custos devem ser subtraídos do preço correntes de venda para que se obtenha uma aproximação da avaliação corrente. Essa avaliação corrente é conhecida como valor realizável líquido. O valor realizável líquido, portanto, é definido como sendo o preço corrente de saída menos o valor corrente de todos os custos e despesas incrementais esperados (excluindo efeitos fiscais), relacionados à conclusão, à venda e à entrega da mercadoria.

Uma das principais dificuldades com o conceito de valor realizável líquido é a de que geralmente é bastante complicado estimar os desembolsos adicionais necessários para completar, vender e entregar o produto. Alternativa, uma margem normal de lucro é frequentemente deduzida do preço de venda para garantir que todos os custos adicionais possíveis sejam levados em conta.

Outra dificuldade, divulgação do lucro líquido com a transação antes de terem sido concluídas todas as atividades associadas à venda.

Equivalentes Correntes a Caixa

Comumente, os preços de saída correspondem a preços normais de mercado. Tem sido sugerido, porém, que os preços devem ser extraídos de outros mercados.

O termo equivalente corrente de caixa é o conceito único de mensuração para todos os ativos, representando seus preços realizáveis presentes. Exprime o montante de caixa ou o poder geral de compra que poderia ser obtido com a venda de cada ativo em condições organizadas de liquidação, podendo ser medidos pelos preços cotados de mercado de bens de natureza semelhante em condições parecidas. O equivalente corrente de caixa representa, portanto, a posição da empresa em termos de adaptação ao ambiente.

Valores de Liquidação

O conceito de valor de liquidação subentende uma venda forçada, seja a clientes regulares a preços substancialmente reduzidos ou a outras empresas ou revendedoras, geralmente a preços consideravelmente abaixo do custo. A aplicação de valores de liquidação geralmente resulta na reavaliação, para menos, dos ativos, e no reconhecimento de perdas.

Somente devem ser utilizados em duas condições principais:

- quando mercadorias ou outros ativos tenham perdido sua utilidade normal, tenham se tornado obsoletos, ou de algum modo tenham perdido seu mercado normal.

- quando a empresa espera suspender suas operações no futuro próximo, tornando-se incapaz de vender em seu mercado normal.

Valores descontados de Fluxos de Caixa ou Capacidade de Geração de Serviços Futuros

Quando há um período de espera até que ocorram os recebimentos esperados, o valor presente desses recebimentos é inferior ao montante efetivo que se espera receber. Quanto mais longo o período, menor o valor presente.

Mas descontar não envolve apenas uma estimativa de custo de oportunidade do dinheiro, como também probabilidade de recebimento da quantia futura. Quanto mais longo o prazo de espera, maior a incerteza de que essa quantia venha a ser recebida.

MEDIDAS DE CUSTO OU MERCADO, O QUE FOR MENOR.

Não é um conceito de avaliação de saída ou de entrada, mas uma mistura dos dois conceitos. O termo mercado pode referir-se a um preço de saída ou um preço de entrada. Ao ser aplicado a estoques, o termo mercado geralmente refere-se ao custo de reposição (um conceito de entrada), mas pode dizer respeito a preço de venda ou valor realizável líquido (conceitos de saída) sob certas condições. Quando é aplicado à avaliação de investimentos em títulos, o termo mercado geralmente significa preço de venda, embora neste caso os custos e preços de venda sejam obtidos no mesmo mercado; a diferença entre os dois é representada principalmente pelos custos de compra e venda.

Entretanto, como os títulos não são comovente comprados com a finalidade de venda em um mercado diferente a um preço mais elevado, tanto o custo quanto o preço de venda dos títulos podem ser considerados preços de saída.

O reconhecimento de ganhos apóia-se em critérios distintos dos de reconhecimento de perdas. Os ganhos não são reconhecidos até que não haja qualquer possibilidade significante de serem revertidos, mas as perdas são reconhecidas assim que haja evidência disponível de que possam ocorrer.

Muitos crêem que o conceito é inaceitável na teoria da contabilidade um dos motivos é:

Como um método conservador, tende a subavaliar os ativos totais. Pode não prejudicar os credores, mas é enganadora para os acionistas e investidores, e a alta administração estaria iludindo a si mesma.

Conclusão

Não há avaliação de Ativos ideal ou mais completa. O melhor é atender as necessidades dos usuários de acordo com sua necessidade e a avaliação mais apropriada.


Willian Ferreira dos Santos
willian_limeira@vivax.com.br







Vídeo: http://youtube.com/